Assim que terminei de
escrever a crônica sobre a “Síndrome da segunda chance” comecei a pensar
bastante no assunto.
Como seria se tivéssemos sempre
uma segunda chance?
Eu já pedi muito uma
segunda chance na vida, uma segunda chance para estudar e evitar a nota
ruim na prova, para ficar mais tempo com aquele parente que faleceu,
para retirar palavras ditas ou para dizer o que está entalado na garganta.
Em algumas situações eu
agradeceria muito se fosse possível apertar o botão da segunda chance. Poder
reviver só mais uma vez determinado momento. Porém há algumas situações que
agradeço muito pela impossibilidade, pois com o tempo vem o amadurecimento
e vamos percebendo que existem coisas que não devem ser remoídas.
Acredito que a segunda
chance existe e é a oportunidade de viver novas histórias sem as mesmas
atitudes passadas. É preciso procurar o máximo de ensinamento das situações e encará-las
de verdade sem deixar o assunto pendente, de preferência.
Com cada ensinamento o
amadurecimento é inevitável, mas cabe a cada um tirar proveito dele. Na segunda
chance podemos fazer tudo diferente e até mesmo fazer as pazes com o passado
porque passamos a compreender que naquele momento tínhamos mesmo que passar por
algumas coisas em razão de desconhecimento, imaturidade, ingenuidade etc.
Claro que não é uma coisa
aplicada de imediato porque só é possível não cometer os mesmos erros quando
temos consciência de que eles existiram, ato este que exige muita humildade em
olhar pra trás e reconhecer o que fizemos e como éramos.
Cometer erros e ter
segundas chances é viver, simples assim. Vivendo temos experiências, histórias
e vivências e com cada um destes itens vamos crescendo. Confesso que por mais
dolorosos que possam ser nossos erros tudo fica mais interessante. É muito bom
olhar pra trás e perceber quanta coisa mudou em razão daquela situação e como o
aprendizado nos levou a tomar melhores decisões.
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